📖 Trip Journal

Itália

📆 de 2023-03-14 a 2023-04-16

Ma che bella! 🤌🏼 Aprochegue-se e vamos conversar sobre a Itália.

Nossa visita à Itália foi dividida em cinco capitolos, indicando as principais regiões onde estivemos. Vou seguir essa mesma lógica e, como sempre, tentar fazer algumas recomendações além do óbvio.

Cada capitolo tem o link para o seu álbum. Não deixe de conferir!

Por uma questão logística, antes deixa eu tratar de um assunto importantíssimo: trens. Deslocamento dentro da Itália deve ser feito de trem. Esqueça vôos curtos e deixe para alugar carro apenas para regiões específicas.

Preparei esse vídeo com as principais dicas de como viajar por trem na Itália.

⛪ Visitando a Itália, é muito difícil separar o cristianismo e a Igreja Católica da viagem. Em diversos momentos vou recomendar a visita a uma igreja, santuário ou basílica.

Eu gosto muito de apreciar expressões de fé, mesmo que elas não reflitam as minhas crenças pessoais. Confio que o mesmo aplique-se a você.

Milano 📷

A região metropolitana de Milão é a mais populosa da Itália. Ou seja, Milão tem todo o jeito de uma cidade grande. Ainda assim, o centro histórico é relativamente pequeno. Apesar de ser bem servida de metrôs, eu recomendaria ficar próximo à Duomo para facilitar a visita.

Não precisa de muito dias para conhecer o principal de Milão, salvo se você quiser curtir o aspecto social da cidade. A Duomo de Milano é realmente uma visita imperdível, junto de outros pontos de interesse no seu entorno. Certifique-se de fazer o passeio pelo telhado da Duomo!

Além da Duomo, visitamos também o Santuario di San Bernardino alle Ossa e a Basilica di Sant’Ambrogio, dentre outras.

Infelizmente, não conseguimos visitar a Igreja de Santa Maria delle Grazie, onde Da Vinci pintou a Santa Ceia. A reserva de tickets abre a cada 3 meses e eles se esgotam rapidamente. Planeje-se!

Visitamos a Pinacoteca de Brera, a Biblioteca Ambrosiana e o Castello Sforzesco, com suas diferentes seções. Não achei Milão particularmente rica para quem quer apreciar arte. Se esse for seu principal interesse, planeje-se para ficar mais tempo em Firenze.

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Detalhe da Galleria Vittorio Emanuele II
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Duomo di Milano
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Milano

Depois de conhecer Milão, tente aproveitar sua posição estratégica como hub para outros destinos. Fizemos três day trips a partir de Milão. Aqui você encontra algumas fotos e orçamento de cada passeio:

A depender do seu roteiro de viagem, é possível fazer o mesmo para Firenze ou Venezia.

Verona 📷

Por vezes conhecida apenas por ser a cidade onde se passa Romeu e Julieta, Verona tem muito mais para desfrutar. O centro histórico, que segue o contorno do Rio Ádige, parece uma pequena Roma. É muito agradável de caminhar a esmo pelas ruelas e aleatoriamente chegar a uma grande praça. A região histórica é muito ativa em vida noturna e comércio.

Visitar as barraquinhas na Piazza delle Erbe e curtir o pôr do sol a partir do Castel San Pietro são atividades obrigatórias.

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Vista do Castel San Pietro
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Verona feels

Verona foi nossa base para outros dois passeios: Lago di Garda e Venezia.

Lago di Garda

Nossa volta em torno do maior lago da Itália começou com uma parada em Sirmione. Fomos direto até o Castello Scaligero, uma fortificação portuária do século 13. Passeamos pela cidade murada, fizemos um breve lanche e seguimos o caminho.

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Castello Scaligero

A parada seguinte foi Limone sul Garda. Essa pequena cidade fica encrostada entre as montanhas e o lago. É charmosíssima e merece uma visita. Almoçamos à beira do lago e pude observar a quantidade de italianos que estavam ali a passeio. É sempre curioso perceber quando um local é também destino turístico para quem não é estrangeiro.

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Limone sul Garda
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Sirmione

Contornamos o lago pelo lado norte e descemos pela lateral leste. Paramos em um vilarejo ao longo da rodovia para registrar esse belíssimo pôr do sol.

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Pôr do sol em Garda

Apesar de termos visitado em outro dia, é também na região do Lago di Garda que fica o santuário de Madonna della Corona. Fruto de uma lenda da região, em que uma imagem de Nossa Senhora havia sido encontrada nas falésias do Monte Baldo e, por três vezes, foi levada até o vilarejo, apenas para amanhecer novamente em meio às rochas. Ao entenderem que era desejo de Nossa Senhora estar próxima à rocha, construíram um santuário no local.

A estrutura é impressionante. A visita não é demorada – salvo se você quiser subir até o santuário pela trilha, que é longa, mas tinha muita gente fazendo.

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Madonna della Corona
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Madonna della Corona

Terminamos o segundo dia com um passeio rápido em Trento. Depois de visitarmos a Catedral de São Vigílio, apreciamos um almoço super alemão na Fosterbräu Trento.

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Fontana del Nettuno, Trento

Juntando os dois dias, o roteiro foi mais ou menos assim:

Venezia

Vou chutar uma estatística: 96% das fontes que você pesquisou sobre viagem para Itália recomendaram uma visita a Veneza. Deixa eu ser bem claro: os 4% restantes estão errados.

Veneza é um mega clichê da Itália, mas com todo direito. É realmente uma cidade única, com uma história peculiar e uma beleza distinta que só ela tem. E não precisa de muito tempo para visitar os principais pontos da cidade. Nós passamos duas noites – ou seja, tivemos um dia “cheio” e outros dois parciais. Poderíamos ter ficado mais, mas senti que foi tempo suficiente.

A Basilica di San Marco, incluindo seus arredores, é imperdível. Com fortes influências bizantinas, o interior da basílica é um espetáculo.

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Piazza di San Marco com basílica ao fundo
Interior da Basilica di San Marco
Interior da Basilica di San Marco

Ainda na Piazza San Marco, reserve sua entrada para o Campanário próximo do pôr do sol e aprecie Veneza sob uma luz mágica.

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Venezia ao pôr do sol, vista do Campanario
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Venezia ao pôr do sol, vista do Campanario

O transporte urbano de Veneza é, como você pode imaginar, por água. Diversos barcos operam exatamente como linhas urbanas de ônibus fariam. É um pouco demorado, mas é uma forma “nativa” de apreciar Veneza.

Pegamos uma dessas linhas para dar um pulo em Murano e assistimos a uma exibição da famosa arte de vidros.

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Firenze 📷

Apesar da opinião de quase todos que conheço, não consegui achar Firenze e a Toscana tão mágicas quanto eu esperava. Talvez eu estivesse mau humorado porque tivemos diversos problemas no Airbnb que escolhemos ali, mas isso é outra conversa.

Firenze é uma joia para apreciar arte. Entre a Gallerie degli Uffizi, a Galleria dell’Accademia e o Palazzo Pitti, tem muita coisa imperdível. Reserve um tempo razoável para as galerias principais, especialmente se você gosta de arte. Como acontece em grande parte das cidades italianas, o centro histórico é relativamente pequeno e você consegue cobrir tudo a pé.

Não deixe de conferir a Duomo di Santa Maria del Fiore. Essa catedral, uma das maiores da Europa, é fruto de um trabalho magnífico.

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Duomo di Santa Maria del Fiore
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Laocoonte no Uffizi

Saindo de Florença para explorar a Toscana, eu indico que você alugue um carro. As cidades históricas espalhadas pela Toscana não são tão bem servidas de ferrovia, e o passeio de carro é parte dessa viagem.

Nós pulamos de uma cidade para outra. Pisa, apesar de um pouco longe, é um passeio lindo. A catedral e a torre merecem uma visita, mesmo que rápida.

Mais próximo de Firenze, fomos a Monteriggioni, San Gimignano e Siena. Monteriggioni é basicamente uma vila murada. Uma refeição curtindo a praça central e um passeio pelo perímetro da muralha já faz a visita.

San Gimignano é uma vila um pouco maior. Ao caminhar pelas muralhas, você conseguirá apreciar o cenário típico da Toscana, com as colinas repletas de oliveiras.

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Vista de San Gimignano
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San Gimignano
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Monteriggioni

Siena é a maior das três. É curioso observar como uma vila medieval evoluiu para uma cidade contemporânea.

Terminamos o capitolo com uma visita de última hora a Assisi, terra de São Francisco (de Assis). Que cidade linda! No alto do morro, murada e repleta de igrejas históricas, é um passeio muito bonito.

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Assisi

Roma 📷

Curiosamente, não tenho muito a falar de Roma além de tudo que você vai encontrar pela internet. Coliseu, praças, Foro Romano, Vaticano. Tudo isso é imperdível. Roma é agradável demais de explorar a pé, por conta própria, entrando em qualquer igreja que você encontrar (várias) ou escolhendo aleatoriamente um restaurante.

Tivemos o privilégio de estar em Roma durante a época da Páscoa e pudemos assistir à missa de Páscoa na Praça de São Pedro, com a presença do Papa. Foi um momento marcante.

Talvez uma das poucas dicas para apreciar Roma seja: acorde cedo. Cedo mesmo. Se conseguir estar na rua antes do nascer do sol, melhor. Fizemos isso para a visita ao Vaticano (primeira turma, 7:15 no Vaticano) e para explorar e fotografar algumas praças. Mesmo não sendo os únicos, a diferença ao longo do dia é absurda.

Não inclui nenhuma foto aqui porque a galeria do capitolo vale a pena. Sério, clica ali.

Napoli 📷

Nossa parada mais ao sul foi na região de Nápoles. Fizemos base em Nerano, em um hotel/Airbnb maravilhoso. A primeira coisa que aprendemos foi: dirigir pela Costa Amalfitana é um problemão. O visual até que é bonito, mas as ruas são muito estreitas – ônibus buzinam quando chegam perto de curvas, a estrada é muito sinuosa e qualquer trajeto demora bastante. Isso que não estávamos lá no auge do verão, o que me faz acreditar que fique muito pior do que nós vimos.

Por isso, posicionar-se estrategicamente é essencial. As praias da Costa Amalfitana são consideravelmente isoladas umas das outras. Há transporte público, mas as filas aguardando o próximo ônibus eram desanimadoras.

Demos azar de não pegar dias com tempo muito bom. Esteve muito nublado e até com um pouco de chuva durante nossa estada na região. Capri nos deixou com vontade de voltar e ficar com calma na ilha, talvez com uma ou duas pernoites. Também demos um pulinho em Caserta para conhecer a Reggia di Caserta, o “Versailles da Itália” e, é claro, visitamos a ruínas de Pompeii.

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Reggia di Caserta
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Pompeii
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Pôr do sol sobre Sorrento

Vale o hype?

Com certeza. Algumas regiões, principalmente as de praia e montanha, são muito dependentes da estação e do clima. Pela nossa experiência, realmente não vale a pena visitar Cinque Terre, Costa Amalfitana e outros destinos de praia se não for no verão.

Roma e Firenze merecem até visitas repetidas. Tem muito o que ver e fazer por lá. Venezia precisa estar na sua checklist.

Uma dica? Faça alguns meses de italiano no Duolingo. É de graça e vai te ensinar algumas coisas, pelo menos para ir além do 🤌🏼.

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